terça-feira, 3 de setembro de 2013

Santa Rosália - 04/09/2013


Rosália nasceu no ano de 1125, em Palermo, na Sicília, Itália. Era filha de Sinibaldo, rico feudatário, senhor da região dos montes "da Quisquínia e das Rosas", e de Maria Guiscarda, sobrinha do rei normando Rogério II. Portanto Rosália era muito rica e vivia numa Corte muito importante da época. Durante a adolescência, foi ser dama da Corte da rainha Margarida, esposa do rei Guilherme I da Sicília, que apreciava sua companhia amável e generosa. Porém nada disso a atraía ou estimulava. Sabia que sua vocação era servir a Deus e ansiava pela vida monástica. 

Aos quatorze anos, levando consigo apenas um crucifixo, abandonou de vez a Corte e refugiou-se, solitária, numa caverna nos arredores de Palermo. O local pertencia ao feudo paterno e era um local ideal para a reclusão monástica. Ficava próximo do Convento dos beneditinos, que possuía uma pequena igreja anexa. Assim, mesmo vivendo isolada, podia participar das funções litúrgicas e receber orientação espiritual.

Depois, a jovem ermitã transferiu-se para uma gruta no alto do monte Pelegrino, que lhe fora doado pela amiga, a rainha Margarida. Lá já existia uma pequena capela bizantina e, também, nos arredores, os beneditinos com outro Convento. Eles puderam acompanhar e testemunhar com seus registros a vida eremítica de Rosália, que viveu em oração, solidão e penitência. Muitos habitantes do povoado subiam o monte atraídos pela fama de santidade da ermitã. Até que, no dia 4 de setembro de 1160, Rosália morreu, na sua gruta de monte Pelegrino, em Palermo.

Vários milagres foram atribuídos à intercessão de santa Rosália, como a extinção da peste que no século XII devastava a Sicília. O seu culto difundiu-se, enormemente, entre os fiéis, que a invocavam como padroeira de Palermo, embora para muitos essa celebração fosse apenas uma antiga tradição oral cristã, por falta de sinais reais da vida da santa. Sinais que o estudioso Otávio Gaietani não conseguiu encontrar antes de morrer, em 1620. 

Só três anos depois tudo foi esclarecido, parece que pela própria santa Rosália. Consta que ela teria aparecido a uma mulher doente e contado onde estavam escondidos os seus restos mortais. Essa mulher comunicou aos frades franciscanos do convento próximo de monte Pelegrino, os quais, de fato, encontraram suas relíquias no local indicado, no dia 15 de junho de 1624.

Quarenta dias após a descoberta dos ossos, dois pedreiros, trabalhando no Convento dos dominicanos de Santo Estêvão de Quisquínia, acharam numa gruta uma inscrição latina, muito antiga, que dizia: "Eu, Rosália Sinibaldi, filha das rosas do Senhor, pelo amor de meu Senhor Jesus Cristo decidi morar nesta gruta de Quisquínia". Isso confirmou todos os dados pesquisados pelo falecido Gaietani.

A autenticidade das relíquias e da inscrição foi comprovada por uma comissão científica, reacendendo o culto a santa Rosália, padroeira de Palermo. Contribuiu para isso, também, o papa Ubaldo VIII, que incluiu as duas datas no Martirológio Romano, em 1630. Assim, santa Rosália é festejada em 15 de junho, data em que suas relíquias foram encontradas, e em 4 de setembro, data de sua morte. A urna com os restos mortais de santa Rosália está guarda no Duomo de Palermo, na Sicília, Itália.

03/09 - São Gregório Magno


Pedro foi "a pedra" sobre a qual o cristianismo se edificou. Mas para isso foi usada uma argamassa feita da dedicação e da fé de muitos cristãos que o sucederam. Assim, a Igreja Católica se fez grande devido aos grandes papas que teve, dentre os quais temos o papa Gregório, chamado "o Magno", ou seja, o maior de todos, em sabedoria, inteligência e caridade.

Nascido em 540, na família Anícia, de tradição na Corte romana, muito rica, influente e poderosa, Gregório registrou de maneira indelével sua passagem na história da Igreja, deixando importantíssimas realizações, como, por exemplo, a instituição da observância do celibato, a introdução do pai-nosso na missa e o famoso "canto gregoriano". Foi muito amado pelo povo simples, por causa de sua extrema humildade, caridade e piedade.

Sua vocação surgiu na tenra infância, sendo educado num ambiente muito religioso - sua mãe, Sílvia, e duas de suas tias paternas, Tarsila e Emiliana, tornaram-se santas. As três mulheres foram as responsáveis, também, por sua formação cultural. Quando seu pai, Jordão, morreu, Gregório era muito jovem, mas já havia ingressado na vida pública, sendo o prefeito de Roma.

Nessa época, buscava refúgio na capital um grupo de monges beneditinos, cujo convento, em Montecassino, fora atacado pelos invasores longobardos. Gregório, então, deu-lhes um palácio na colina do Célio, onde fundaram um convento dedicado a santo André. Esse contato constante com eles fez explodir de vez sua vocação monástica. Assim, renunciou a tudo e foi para o convento que permitira fundar, onde vestiu o hábito beneditino. Mais tarde, declararia que seu tempo de monge foram os melhores anos de sua vida.

Como sua sabedoria não poderia ficar restrita apenas a um convento, o papa Pelágio nomeou-o para uma importante missão em Constantinopla. Nesse período, Gregório escreveu grande parte de sua obra literária. Chamado de volta a Roma, foi eleito abade do Convento de Santo André e, nessa função, ganhou fama por sua caridade e dedicação ao próximo.

Assim, após a morte do papa Pelágio, Gregório foi eleito seu sucessor. Porém, de constituição física pequena e já que desde o nascimento nunca teve boa saúde, relutou em aceitar o cargo. Chegou a escrever uma carta ao imperador, pedindo que o liberasse da função. Só que a carta nunca foi remetida pelos seus confrades e ele acabou tendo de assumir, um ano depois, sendo consagrado em 3 de setembro de 590.

Os quatorze anos de seu pontificado passaram para a história da Igreja como um período singular. Papa Gregório levou uma vida de monge, dispensou todos os leigos que serviam no palácio, exercendo um apostolado de muito trabalho, disciplina, moralidade e respeito às tradições da doutrina cristã. No comando da Igreja, orientou a conversão dos ingleses, protegeu os judeus da Itália contra a perseguição dos hereges e tomou todas as atitudes necessárias para que o cristianismo fosse respeitado por sua piedade, prudência e magnanimidade.

Morreu em 604, sendo sepultado na basílica de São Pedro. Os registros mostram que, durante o seu funeral, o povo já aclamava santo o papa Gregório Magno, honrado com o título de doutor da Igreja. Sua festa ocorre no dia em que foi consagrado papa.

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

São Félix e Santo Adauto

Poucos são os registros encontrados sobre Félix e Adauto, que são celebrados juntos no dia de hoje. As tradições mais antigas dos primeiros tempos do cristianismo narram-nos que eles foram perseguidos, martirizados e mortos pelo imperador Diocleciano no ano 303.
A mais conhecida diz que Félix era um padre e tinha sido condenado à morte por aquele imperador. Mas quando caminhava para a execução, foi interpelado por um desconhecido. Afrontando os soldados do exército imperial, o estranho declarou-se, espontaneamente, cristão e pediu para ser sacrificado junto com ele. Os soldados não questionaram. Logo após decapitarem Félix, com a mesma espada decapitaram o homem que tinha tido a ousadia de desafiar o decreto do imperador Diocleciano.
Nenhum dos presentes sabia dizer a identidade daquele homem. Por isso ele foi chamado somente de Adauto, que significa: adjunto, isto é "aquele que recebeu junto com Félix a coroa do martírio".
Ainda segundo as narrativas, eles foram sepultados numa cripta do cemitério de Comodila, próxima da basílica de São Paulo Fora dos Muros. O papa Sirício transformou o lugar onde eles foram enterrados numa basílica, que se tornou lugar de grande peregrinação de devotos até depois da Idade Média, quando o culto dedicado a eles foi declinando.
O cemitério de Comodila e o túmulo de Félix e Adauto foram encontrados no ano de 1720, mas vieram a ruir logo em seguida, sendo novamente esquecidos e suas ruínas, abandonadas. Só em 1903 a pequena basílica foi definitivamente restaurada.
Esses martírios permaneceram vivos na memória da Igreja Católica, que dedicou o mesmo dia a são Félix e santo Adauto para as comemorações litúrgicas. Algumas fontes, mesmo, dizem que os dois santos eram irmãos de sangue.
São Félix e Santo Adauto, rogai por nós...

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Martírio de São João Batista - 29/08/2013

Neste dia celebramos o Martírio de São João Batista, o qual Jesus consagrou como ultimo e maior de todos os profetas "Em verdade eu vos digo, dentre os que nasceram de mulher, não surgiu ninguém maior que João, o Batista…De fato , todos os profetas, bem como a lei, profetizaram até João. Se quiserdes compreender-me, ele é o Elias que deve voltar.” (Mt 11,11-14)

João era primo de Jesus, filho de Zacarias e Isabel, fez o voto do Nazireato e vivendo uma vida austera e cheia de privações, pregava a conversão dos pecados e a chegada do salvador. Questionado se seria ele o Cristo, João vai afirmar que ele seria "a voz que clama no deserto, aplanai as veredas do Senhor" e também que aquele que ele anunciava era alguém de quem "ele não era digno de desatar as sandálias."

Profeta que era João buscava a conversão das pessoas e denunciava os pecados que afastavam o povo do caminho, por isso falou direta e abertamente contra o pecado do do governador Herodes Antipas da Galiléia, que havia tomado sua cunhada Herodíades, mulher de seu irmão como esposa. Por causa disso João foi preso, mas Herodes não tinha coragem de mandar matá-lo, pois ele era considerado um grande profeta por todos. Desejosa de vingança, Herodíades faz com que sua filha Salomé seduza o governador com sua dança, o governador, encantado com a dança, promete a Salomé o que esta quiser, e ela pede a cabeça de João em uma bandeja de prata. 

  Ao cumprir o pedido dela, Herodes leva ao martírio aquele que era o precursor de Cristo e abre para ele as portas do céu.

São João Batista, Rogai por nós.

Gostei muito da imagem que encontrei, os meninos João e Jesus juntos... cena não difícil de imaginar já que como primos, devem ter se encontrado alguma vez quando crianças.

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Santo Agostinho - 28-08-2013

Um dia depois de celebrarmos Santa Monica, nada mais lógico que celebrar o fruto das orações da Santa, seu filho, Agostinho. Santo gerado nas lágrimas de sua mãe pela sua conversão, lágrimas derramadas por 33 anos.

Agostinho nasceu em Tagaste (norte da África), no ano de 354 filho de Monica e Patrício, por quem também Monica intercedeu pela conversão. Agostinho sempre foi um intelectual, mas preferiu buscar respostas para seus questionamentos em paixões mundanas, na retórica que estudou em Roma e foi lecionar em Milão e até no maniqueísmo. Brilhante que era dedicou-se também à escrita, poesia e filosofia.

Através da intercessão e do incentivo da mãe, instigado pela arte da retórica, Agostinho passou a frequentar os sermões de Santo Ambrósio e acabou por aceitar e abraçar a fé, incentivado por este. Motivado por Ambrósio, em 387 Agostinho foi batizado juntamente com seu filho Adeodato, a partir daí abraçou a fé e combateu com fervor muitas heresias, inclusive a maniqueísta.

Após a morte de seu filho, Agostinho retornou para sua terra acompanhado de sua mãe que também faleceu no caminho no porto de Óstia ainda próximo a Roma, ao chegar a Tagaste decidiu-se pela vida religiosa e junto com alguns amigos fundou uma comunidade cristã centrada na oração, caridade e estudo da palavra. A partir desta ordem monástica vários outros institutos religiosos masculinos e femininos. Logo o então bispo de Hipona convidou Agostinho para acompanhá-lo em seus sermões, visto que já tinha idade avançada. Logo o bispo ordenou Agostinho sacerdote e assim que o bispo faleceu em 397, o povo aclamou Agostinho o novo bispo de Hipona.

Agostinho faleceu 28 de agosto de 430 aos 76 anos de idade, permanecendo 34 anos à frente de sua diocese. Agostinho tem um trabalho admirável e é considerado o maior teólogo de sua época. Seus escritos são referencia até os dias de hoje e por isso recebeu o honroso título de doutor da igreja.

Santo Agostinho, rogai por nós.

Restauração, Agua Viva e Alegria para todos.

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Santa Monica - 27/08/2013

Santa Monica nasceu em Tagaste (atua Argélia), filha de uma família Cristã, foi educada segundo estes preceitos, desde cedo já se preocupava com os necessitados que visitava com frequência levando consolo e esperança. Ainda jovem foi desposada por um pagão de nome Patrício, homem rude que a maltratava, por quem Monica orou incessantemente pela conversão. Ela pode colher os frutos de sua oração, já que um ano antes da morte o esposo se convertera e foi batizado.


Monica teve três filhos, Agostinho, Navígio e Perpétua, esta última como a mãe também desde cedo se dedicou a quem precisava e ingressou na vida religiosa, porém o mais velho, Agostinho, perdera-se e por este a mãe enfrentou uma dura batalha de oração e sofrimento, uma vez que o filho vivia uma vida desregrada e dada aos vícios, tanto que Monica não quis batizá-lo com antecedência, temendo que este profanasse seu batismo.



Sofrendo em ver seu filho vivendo desta forma, Monica insistentemente recorria ao bispo de sua cidade, pedindo que o ajudasse. O bispo incomodado com a insistência da mãe disse-lhe "continue a rezar por ele, pois é impossível que se perca um filho de tantas lágrimas."



Agostinho havia se tornado professor de retórica em Milão e Monica foi para perto deste, para que não se perdesse de vez. Tanto insistiu que conseguiu ver seu filho se converter, no início por curiosidade retórica, instigado pelos sermões de Ambrósio e depois por interesse espiritual.


A partir desta conversão, mãe e filho decidiram voltar para Hipona, sua cidade, mas no caminho de volta, na cidade de Óstia, perto de Roma Monica adoeceu e faleceu em 27 de agosto de 387. Foi canonizada pelo papa Alexandre III em 1153 que a declarou padroeira das mães cristãs.

O exemplo de Santa Monica nos mostra que TUDO PODE SER MUDADO PELA FORÇA DA ORAÇÃO. Creia nisto e não desista, pois os frutos de nossas lágrimas não haverão de se perder.

Santa Monica, rogai por nós.

Restauração, Agua Viva e Alegria para todos.

26/08/2013 - São Zeferino


Zeferino foi o décimo quarto papa da Igreja na sucessão papal. Governou a igreja em uma época conturbada, onde a igreja enfrentava problemas tanto dentro quanto fora de sua estrutura. Externamente a igreja era perseguida e massacrada pelos pagãos, tanto que todos os antecessores de Zeferino foram martirizados, internamente enfrentava-se problemas de heresias, como a patripasiana que negava a divindade de Cristo e a Santíssima trindade e de outro lado aqueles que pregavam um fim imediato do mundo a partir de uma consciência de serem a revelação do Espírito Santo.


Zeferino era um homem simples e para combater estes problemas dentro da igreja se cercou dos sábios cristãos da época como Santo Irineu, Hipólito e Tertuliano. Também soube bem ouvir e acolher a Calisto, a quem ordenara que construísse cemitérios para os cristãos, que não desejavam ser cremados como os pagãos e também queriam venerar seus mártires. Zeferino conseguiu que nobres famílias cristãs que possuiam tumbas amplas e profundas as cedessem, Calisto se encarregou de interligá-las, originando as catacumbas de Roma, que ainda hoje são conhecidas como catacumbas de Calisto. Assim os cristãos poderiam enterrar seus mortos e mártires.

O próprio Zeferino foi martirizado e enterrado nas catacumbas de Calisto, que o sucedeu na cátedra de Pedro. Zeferino teve um dos mais longos pontificados da história (199-217), Homem cheio do Espírito Santo, soube enfrentar os problemas enfrentados pela igreja e superá-los.

São Zeferino, rogai por nós.