sexta-feira, 30 de agosto de 2013

São Félix e Santo Adauto

Poucos são os registros encontrados sobre Félix e Adauto, que são celebrados juntos no dia de hoje. As tradições mais antigas dos primeiros tempos do cristianismo narram-nos que eles foram perseguidos, martirizados e mortos pelo imperador Diocleciano no ano 303.
A mais conhecida diz que Félix era um padre e tinha sido condenado à morte por aquele imperador. Mas quando caminhava para a execução, foi interpelado por um desconhecido. Afrontando os soldados do exército imperial, o estranho declarou-se, espontaneamente, cristão e pediu para ser sacrificado junto com ele. Os soldados não questionaram. Logo após decapitarem Félix, com a mesma espada decapitaram o homem que tinha tido a ousadia de desafiar o decreto do imperador Diocleciano.
Nenhum dos presentes sabia dizer a identidade daquele homem. Por isso ele foi chamado somente de Adauto, que significa: adjunto, isto é "aquele que recebeu junto com Félix a coroa do martírio".
Ainda segundo as narrativas, eles foram sepultados numa cripta do cemitério de Comodila, próxima da basílica de São Paulo Fora dos Muros. O papa Sirício transformou o lugar onde eles foram enterrados numa basílica, que se tornou lugar de grande peregrinação de devotos até depois da Idade Média, quando o culto dedicado a eles foi declinando.
O cemitério de Comodila e o túmulo de Félix e Adauto foram encontrados no ano de 1720, mas vieram a ruir logo em seguida, sendo novamente esquecidos e suas ruínas, abandonadas. Só em 1903 a pequena basílica foi definitivamente restaurada.
Esses martírios permaneceram vivos na memória da Igreja Católica, que dedicou o mesmo dia a são Félix e santo Adauto para as comemorações litúrgicas. Algumas fontes, mesmo, dizem que os dois santos eram irmãos de sangue.
São Félix e Santo Adauto, rogai por nós...

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Martírio de São João Batista - 29/08/2013

Neste dia celebramos o Martírio de São João Batista, o qual Jesus consagrou como ultimo e maior de todos os profetas "Em verdade eu vos digo, dentre os que nasceram de mulher, não surgiu ninguém maior que João, o Batista…De fato , todos os profetas, bem como a lei, profetizaram até João. Se quiserdes compreender-me, ele é o Elias que deve voltar.” (Mt 11,11-14)

João era primo de Jesus, filho de Zacarias e Isabel, fez o voto do Nazireato e vivendo uma vida austera e cheia de privações, pregava a conversão dos pecados e a chegada do salvador. Questionado se seria ele o Cristo, João vai afirmar que ele seria "a voz que clama no deserto, aplanai as veredas do Senhor" e também que aquele que ele anunciava era alguém de quem "ele não era digno de desatar as sandálias."

Profeta que era João buscava a conversão das pessoas e denunciava os pecados que afastavam o povo do caminho, por isso falou direta e abertamente contra o pecado do do governador Herodes Antipas da Galiléia, que havia tomado sua cunhada Herodíades, mulher de seu irmão como esposa. Por causa disso João foi preso, mas Herodes não tinha coragem de mandar matá-lo, pois ele era considerado um grande profeta por todos. Desejosa de vingança, Herodíades faz com que sua filha Salomé seduza o governador com sua dança, o governador, encantado com a dança, promete a Salomé o que esta quiser, e ela pede a cabeça de João em uma bandeja de prata. 

  Ao cumprir o pedido dela, Herodes leva ao martírio aquele que era o precursor de Cristo e abre para ele as portas do céu.

São João Batista, Rogai por nós.

Gostei muito da imagem que encontrei, os meninos João e Jesus juntos... cena não difícil de imaginar já que como primos, devem ter se encontrado alguma vez quando crianças.

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Santo Agostinho - 28-08-2013

Um dia depois de celebrarmos Santa Monica, nada mais lógico que celebrar o fruto das orações da Santa, seu filho, Agostinho. Santo gerado nas lágrimas de sua mãe pela sua conversão, lágrimas derramadas por 33 anos.

Agostinho nasceu em Tagaste (norte da África), no ano de 354 filho de Monica e Patrício, por quem também Monica intercedeu pela conversão. Agostinho sempre foi um intelectual, mas preferiu buscar respostas para seus questionamentos em paixões mundanas, na retórica que estudou em Roma e foi lecionar em Milão e até no maniqueísmo. Brilhante que era dedicou-se também à escrita, poesia e filosofia.

Através da intercessão e do incentivo da mãe, instigado pela arte da retórica, Agostinho passou a frequentar os sermões de Santo Ambrósio e acabou por aceitar e abraçar a fé, incentivado por este. Motivado por Ambrósio, em 387 Agostinho foi batizado juntamente com seu filho Adeodato, a partir daí abraçou a fé e combateu com fervor muitas heresias, inclusive a maniqueísta.

Após a morte de seu filho, Agostinho retornou para sua terra acompanhado de sua mãe que também faleceu no caminho no porto de Óstia ainda próximo a Roma, ao chegar a Tagaste decidiu-se pela vida religiosa e junto com alguns amigos fundou uma comunidade cristã centrada na oração, caridade e estudo da palavra. A partir desta ordem monástica vários outros institutos religiosos masculinos e femininos. Logo o então bispo de Hipona convidou Agostinho para acompanhá-lo em seus sermões, visto que já tinha idade avançada. Logo o bispo ordenou Agostinho sacerdote e assim que o bispo faleceu em 397, o povo aclamou Agostinho o novo bispo de Hipona.

Agostinho faleceu 28 de agosto de 430 aos 76 anos de idade, permanecendo 34 anos à frente de sua diocese. Agostinho tem um trabalho admirável e é considerado o maior teólogo de sua época. Seus escritos são referencia até os dias de hoje e por isso recebeu o honroso título de doutor da igreja.

Santo Agostinho, rogai por nós.

Restauração, Agua Viva e Alegria para todos.

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Santa Monica - 27/08/2013

Santa Monica nasceu em Tagaste (atua Argélia), filha de uma família Cristã, foi educada segundo estes preceitos, desde cedo já se preocupava com os necessitados que visitava com frequência levando consolo e esperança. Ainda jovem foi desposada por um pagão de nome Patrício, homem rude que a maltratava, por quem Monica orou incessantemente pela conversão. Ela pode colher os frutos de sua oração, já que um ano antes da morte o esposo se convertera e foi batizado.


Monica teve três filhos, Agostinho, Navígio e Perpétua, esta última como a mãe também desde cedo se dedicou a quem precisava e ingressou na vida religiosa, porém o mais velho, Agostinho, perdera-se e por este a mãe enfrentou uma dura batalha de oração e sofrimento, uma vez que o filho vivia uma vida desregrada e dada aos vícios, tanto que Monica não quis batizá-lo com antecedência, temendo que este profanasse seu batismo.



Sofrendo em ver seu filho vivendo desta forma, Monica insistentemente recorria ao bispo de sua cidade, pedindo que o ajudasse. O bispo incomodado com a insistência da mãe disse-lhe "continue a rezar por ele, pois é impossível que se perca um filho de tantas lágrimas."



Agostinho havia se tornado professor de retórica em Milão e Monica foi para perto deste, para que não se perdesse de vez. Tanto insistiu que conseguiu ver seu filho se converter, no início por curiosidade retórica, instigado pelos sermões de Ambrósio e depois por interesse espiritual.


A partir desta conversão, mãe e filho decidiram voltar para Hipona, sua cidade, mas no caminho de volta, na cidade de Óstia, perto de Roma Monica adoeceu e faleceu em 27 de agosto de 387. Foi canonizada pelo papa Alexandre III em 1153 que a declarou padroeira das mães cristãs.

O exemplo de Santa Monica nos mostra que TUDO PODE SER MUDADO PELA FORÇA DA ORAÇÃO. Creia nisto e não desista, pois os frutos de nossas lágrimas não haverão de se perder.

Santa Monica, rogai por nós.

Restauração, Agua Viva e Alegria para todos.

26/08/2013 - São Zeferino


Zeferino foi o décimo quarto papa da Igreja na sucessão papal. Governou a igreja em uma época conturbada, onde a igreja enfrentava problemas tanto dentro quanto fora de sua estrutura. Externamente a igreja era perseguida e massacrada pelos pagãos, tanto que todos os antecessores de Zeferino foram martirizados, internamente enfrentava-se problemas de heresias, como a patripasiana que negava a divindade de Cristo e a Santíssima trindade e de outro lado aqueles que pregavam um fim imediato do mundo a partir de uma consciência de serem a revelação do Espírito Santo.


Zeferino era um homem simples e para combater estes problemas dentro da igreja se cercou dos sábios cristãos da época como Santo Irineu, Hipólito e Tertuliano. Também soube bem ouvir e acolher a Calisto, a quem ordenara que construísse cemitérios para os cristãos, que não desejavam ser cremados como os pagãos e também queriam venerar seus mártires. Zeferino conseguiu que nobres famílias cristãs que possuiam tumbas amplas e profundas as cedessem, Calisto se encarregou de interligá-las, originando as catacumbas de Roma, que ainda hoje são conhecidas como catacumbas de Calisto. Assim os cristãos poderiam enterrar seus mortos e mártires.

O próprio Zeferino foi martirizado e enterrado nas catacumbas de Calisto, que o sucedeu na cátedra de Pedro. Zeferino teve um dos mais longos pontificados da história (199-217), Homem cheio do Espírito Santo, soube enfrentar os problemas enfrentados pela igreja e superá-los.

São Zeferino, rogai por nós.


domingo, 25 de agosto de 2013

São Luís - 25/08/2013

Nós celebramos neste dia a vida do santo, que foi rei da França, Luís IX. Ele nasceu em Poissy a 25 de abril de 1214 e teve a graça de ter uma mãe muito religiosa, tanto assim que o aconselhava depois do Batismo: “Filhinho, agora és um templo do Espírito Santo, conserva sempre teu coração puro e jamais o manches com o pecado “.
A rainha-mãe, Branca de Castela, providenciou ótimos professores e instrutores para uma formação digna do filho, dessa forma quando o pai de Luís morreu, quando este tinha apenas 12 anos, o jovem pôde ser coroado e na idade de 21 anos começar a reger toda a nação, sem esquecer sua realidade de pai e esposo. São Luís era penitente, humilde, homem de oração e caridade; participava com tanta perseverança da Santa Missa diária que, ao ser provocado por nobres, respondia: “Se eu dedicasse tempo dobrado para os jogos ou para a caça, ninguém repreenderia!”
São Luís buscava intensamente viver a justiça do Reino de Deus enquanto rei e cristão, por isso praticava o que aconselhava: “Não tiremos o bem dos outros nem sequer para o dar a Deus”. Cheio de amor a Cristo, à Igreja e ao Papa, São Luís organizou até mesmo cruzadas a fim de resgatar os lugares santos; certa vez ficou preso durante 5 anos e depois de solto empenhou-se numa outra cruzada que o vitimou com uma peste mortífera (tifo). Ao receber os santos sacramentos esse grande santo entrou no Céu a 25 de agosto de 1270.
Foi canonizado em 1297, pelo Papa Bonifácio VIII.
São Luís, rogai por nós!

sábado, 24 de agosto de 2013

São Bartolomeu - 24/08/2013

Olá a todos,

  Celebramos hoje o apóstolo São Bartolomeu (Bar-Tholmai) ou Natanael, da cidade de Caná da Galiléia, aquela cidade onde Jesus transformou água em vinho, lembrando que nesta passagem da vida de Cristo, São João diz "Também foram convidados Jesus e os seus discípulos" (Jo 2, 2) o que nos leva a considerar que Bartolomeu estava presente e ao término desta passagem também está escrito que "Manifestou a sua Glória, e os seus discípulos creram nele" (Jo 2, 11). Portanto, Bartolomeu estando lá, viu a Glória de Jesus ao contemplar este primeiro milagre.

  Também no evangelho de João temos uma característica fundamental deste santo "eis um verdadeiro israelita no qual não há falsidade" (Jo 1, 47). Portanto, temos aqui um homem sincero, que foi ao encontro de Jesus ao ouvir de Felipe que encontrara o salvador.

   Bartolomeu foi um dos primeiros seguidores, também fez parte do seleto grupo dos 12 e acompanhou Jesus durante toda sua vida pública. Viu os milagres, as conversas com os pecadores, as conversões, estava no cenáculo em pentecostes, estava no lago de Tiberíades quando Jesus teve aquela conversa com Pedro, estava junto de todos quando Jesus ascendeu ao céu.

   Nos narra a tradição que após estes acontecimentos Bartolomeu foi para a região da Armênia, Índia e Mesopotâmia, onde converteu a muitos e acabou martirizado por sacerdotes pagãos que com inveja lhe arrancaram a pele, mas não a fé em Jesus Cristo.

São Bartolomeu, apóstolo e mártir, cheio do Espírito Santo, homem em quem o Senhor Jesus não encontrou falsidade, nos ensina a sinceridade e o seguimento de Cristo, até onde ele nos levar.

Roga por nós.

Restauração, Água-viva e Alegria para todos.

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

O Primeiro Santo Canonizado pela Igreja Católica

Olá,

  Você sabe qual foi o primeiro Santo Canonizado pela igreja Católica?

  Santo Ulrico, Bispo de Augsburg, na atual Baviera, Alemanha, no século X foi o primeiro Santo formalmente canonizado na igreja Católica pelo Papa João XV. Esta canonização aconteceu no ano de 993, 20 anos após a morte de Ulrich (973). Sua santidade é reconhecida pelo zelo pela liturgia e constantemente visitava seu capelão com uma carroça, para celebrar com os fiéis. Também ajudou a defender Augsburg quando os húngaros tentaram tomá-la, para isso dividiu as mulheres da cidade em dois grupos, o primeiro dava voltas ao redor da cidade em procissão enquanto o segundo se colocava prostrado diante do presbitério da igreja, rogando à Deus pela proteção da cidade.

Mas então não haviam santos antes de Ulrico?

  Na verdade, os santos anteriores a ele eram elevados à glória do altar através do apelo popular. Desde o início da Igreja e com o início do Evangelho, nos vieram os primeiros santos (Santa Izabel, Sant'ana e São Joaquim, São José, São João Batista e Nossa Senhora), também ainda no início da igreja algumas pessoas eram exaltadas pelo seu heroísmo na defesa da fé, como Santo Estevão, o primeiro Mártir e os Santos Apóstolos, os primeiros discípulos de Nosso Senhor.

  O culto aos santos se iniciou possivelmente quando os primeiros cristãos se reuniam para celebrar a missa nas catacumbas onde estavam enterrados os primeiros mártires, por ocasião do aniversário de sua morte e desta forma enaltecer suas virtudes isso já no século II. Documentos desta época atestam este tipo de veneração como por exemplo a São Policarpo de Esmirna.

  Também as primeiras capelas e igrejas após o fim da perseguição dos cristãos, foram feitas sobre os tumulos dos mártires em Roma e diversos outros lugares, culminando com a construção da basílica de São Pedro pelo Imperador Constantino, sobre o tumulo do santo, local que perdura até hoje.

 Mas, existe alguma referencia bíblica para reconhecermos os santos?

  O primeiro canon (lista) de santos que se conhece é o "Louvor dos Pais" escrito pelo autor do Eclesiástico, enaltecendo os santos os exemplos e modelos de fidelidade e fé do Judaísmo como Abraão, Isaque, Enoque... (Eclo 44 -51).

    O culto à imagem que nos remete aos seus representantes através da veneração (dulia) foi considerado lícito e recomendável a partir do Concílio de Nicéia no ano de 787.

fontes de referencia:


  Breve vou postar sobre o processo atual de canonização e como a igreja chegou até este modelo.

  Também vou escrever um pouco sobre os próximos santos que devem ser canonizados pela Igreja.

   Por ultimo, para postar depois, fica a pergunta: Todos nascemos para sermos elevados aos altares das igrejas?

Deus abençoe a todos,
Restauração, Agua Viva e Alegria para todos. 

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Santa Rosa de Lima - 23-08


Para todos nós, hoje é dia de grande alegria, pois podemos celebrar a memória da primeira santa da América do Sul, Padroeira do Peru, das Ilhas Filipinas e de toda a América Latina. Santa Rosa nasceu em Lima (Peru) em 1586; filha de pais espanhóis, chamava-se Isabel Flores, até ser apelidada de Rosa por uma empregada índia que a admirava, dizendo-lhe: “Você é bonita como uma rosa!”.
Rosa bem sabia dos elogios que a envaideciam, por isso buscava ser cada vez mais penitente e obedecer em tudo aos pais, desta forma, crescia na humildade e na intimidade com o amado Jesus. Quando o pai perdeu toda a fortuna, Rosa não se perturbou ao ter que trabalhar de doméstica, pois tinha esta certeza: “Se os homens soubessem o que é viver em graça, não se assustariam com nenhum sofrimento e padeceriam de bom grado qualquer pena, porque a graça é fruto da paciência”.
A mudança oficial do nome de Isabel para Rosa ocorreu quando ela tomou o hábito da Ordem Terceira Dominicana, da mesma família de sua santa e modelo de devoção: Santa Catarina de Sena e, a partir desta consagração, passou a chamar-se Rosa de Santa Maria. Devido à ausência de convento no local em que vivia, Santa Rosa de Lima renunciou às inúmeras propostas de casamento e de vida fácil: “O prazer e a felicidade de que o mundo pode me oferecer são simplesmente uma sombra em comparação ao que sinto”.
Começou a viver a vida religiosa no fundo do quintal dos pais e, assim, na oração, penitência, caridade para com todos, principalmente índios e negros, Santa Rosa de Lima cresceu na união com Cristo, tanto quanto no sofrimento, por isso, tempos antes de morrer, aos 31 anos (1617), exclamou: “Senhor, fazei-me sofrer, contanto que aumenteis meu amor para convosco”.
Foi canonizada a 12 de abril de 1671 pelo Papa Clemente X.

São Filipe Benício - 22-08


Filipe Benício nasceu no dia 15 de agosto de 1233, no seio de uma rica família da nobreza, em Florença, Itália. Aos treze anos, foi enviado, com seu preceptor, a Paris para estudar medicina. Voltou e foi para a Universidade de Pádua, onde, aos dezenove anos, formou-se em filosofia e medicina. Depois, durante um ano, exerceu a profissão na sua cidade natal.


Devoto de Maria e muito religioso, possuía, também, sólida formação religiosa. Nesse período de estabelecimento profissional, passou a freqüentar a igreja do mosteiro e com os religiosos aprofundou o estudo das Sagradas Escrituras. Logo suas orações frutificaram e recebeu o chamado para a vida religiosa. Filipe contou que tudo aconteceu diante do crucifixo de Jesus: uma luz veio do céu e uma voz mandou-o servir ao Senhor, na Ordem dos Servitas.

Foi a Monte Senário, pediu admissão nos Servos de Maria, onde ingressou, em 1254, como irmão leigo, destacando-se logo pela retórica. Certo dia do ano 1258, estava em companhia de um sacerdote e o prior quando encontraram dois dominicanos no caminho. Conversaram um bom tempo e Filipe discursou com tanta desenvoltura, sabedoria e eloqüência que nesse mesmo ano foi ordenado sacerdote.

Em 1262, foi nomeado professor de noviços e vigário assistente do prior-geral. Por voto unânime, em 1267, foi eleito prior-geral da Ordem dos Servitas. Quando o papa Clemente IV morreu, no ano seguinte, Filipe foi proposto como candidato à cátedra de Pedro, mas retirou-se para as montanhas, onde ficou por algum tempo.

Sob sua direção os frades servitas expandiram-se rapidamente e com sucesso. Participou do Concílio Ecumênico de Lyon, em 1274, na França. Era um conciliador, sua pregação talentosa e eficiente trouxe frutos benéficos para a Ordem e para a Igreja.

Atuou, a pedido de Roma, para promover a paz na acirrada disputa entre duas famílias dominantes de Forli, cidade do norte da Itália, em 1283. Eram os guelfos apoiando os pontífices e os guibelinos, os imperadores germânicos. Lá, Felipe recebeu um tapa no rosto, do jovem guibelino Peregrino Laziosi. Filipe aceitou o golpe. O jovem, mais tarde, arrependeu-se. Foi ao seu encontro, pediu desculpas e ingressou na Ordem. Peregrino tornou-se tão humilde e caridoso para com o povo que se tornou um dos santos da Igreja.

Segundo os registros da Ordem e a tradição, Filipe gozava da fama de santidade em vida. Morreu em 22 de agosto de 1285 na cidade de Todi, quando voltava para Roma. Foi canonizado pelo papa Clemente X em 1617. Suas relíquias estão sob a guarda da igreja Santa Maria das Graças, em Florença, sua cidade natal. A memória de são Filipe Benício é celebrada no dia 22 de agosto. Algumas localidades comemoram no dia seguinte, devido à festa da Santa Virgem Maria Rainha.